sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Cultura do Rio terá 1% do orçamento a partir de 2010

O Plano Plurianual (PPA) da Prefeitura do Rio de Janeiro prevê que até 2012, a Secretaria de Cultura ficará com 1% da arrecadação municipal (ISS, IPTU e outros impostos), contra 0,6% que tinha até este ano.

A decisão é uma luta antiga da área de cultura e consta da Proposta de Emenda à Constituição n° 150 (PEC 150) atualmente tramitando no Congresso Nacional e que determina os percentuais a serem destinados à cultura: 2% do orçamento federal, 1,5% do orçamento estadual e 1% do orçamento municipal.

Com este orçamento já garantido no PPA, a sec
retária Municipal de Cultura, Jandira Feghali, teve uma audiência na Câmara Municipal, no dia 14, para falar sobre os principais projetos:

-Segundo Turno Cultural: uma intervenção que sustenta o turno integral nas escolas do amanhã. Serão 450 oficinas de arte em 150 escolas em 2009. Custa cerca de R$ 4,5 milhões. Para ampliar para as demais escolas do município (são 1063), é preciso haver mais recursos.

-Compra de equipamentos de som e luz para os teatros e lonas culturais. Quatro delas vão entrar em obras. Construção da Lona da Pavuna, que será um teatro de alvenaria orçado em R$ 2 milhões.

-O Cine Imperator, no Méier, vai virar um espaço multiuso, com três cinemas e duas salas de espetáculos, uma pequena e outra grande com cerca de mil lugares, espaços para cursos e oficinas, para a juventude e um parque infantil no teto. Atualmente o teatro é do governo do Estado que vai repassá-lo ao município. Já existe um projeto que está em fase de orçamento. Espera-se começar as obras em 2010, num investimento que passará de R$ 20 milhões. A Secretaria Municipal de Cultura estuda o melhor modelo de gestão, busca parcerias, mas certamente entrará com aporte de dinheiro.

-Pontões e Pontos de cultura: serão nove pontões (em Acari, Penha, Alemão, Maré, Senador Câmara, Reta João XXIII, Vila Kennedy, Cidade de Deus e Santa Marta), cada um ao custo de R$ 500 mil anuais. Estes pontões vão estimular as manifestações culturais locais e dar oportunidade para o surgimento de outras. Por exemplo, no morro Santa Marta, onde já há duas escolas de samba (São Clemente e Mocidade Unida de Santa Marta), aulas de música clássica e de audiovisual, haverá incentivo a estas atividades e outras que os moradores escolherem.

-Quanto aos pontos de cultura, serão criados 100 em toda a cidade com orçamento de R$ 60 mil por ano. A idéia é dar protagonismo às pessoas que produzem cultura em áreas com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Haverá edital para escolha deles e o critério será privilegiar a diversidade das manifestações culturais.

-Iluminação cenográfica no Centro do Rio, na região do Largo de São Francisco.

-Criação do Distrito Cultural da Praça 11.

-Criação do Centro de Referência de Cultura da Juventude – para menores de 18 anos, em local ainda a ser escolhido, no Centro da Cidade.

-Projetos para a região do porto: Museu Histórico da Cidade, Mercado Popular de Artesanato, Centro de Referência do Design.

Fonte: Alerta Rio

domingo, 9 de agosto de 2009

Vale-cultura: o que vale?

No dia 24 de Julho de 2009, o presidente operário da República Federativa do Brasil anunciou que enviaria para o Congresso Nacional o projeto de lei do "Vale-Cultura", que destinará R$ 50,00 em forma de cartão magnético (valor ainda pode ser alterado
devido aos questionamentos da classe artítica para aumentar o benefício) para trabalhadores e trabalhadoras que ganham até cinco salários mínimos.Isto significa que o povo poderá escolher se quer ir ao teatro,ao cinema, ao espetáculo de dança, à exposição, ao show, e/ou se quer comprar livro,cd,dvd. As empresas que aderirem ao programa terão direito a deduzir até 1% do imposto de renda. Mas o que vale e quanto vale esta proposta?

"Nunca antes neste país" vimos tamanha preocupação com a valorização da cultura. Historicamente, a cultura brasileira foi tratada sempre como sinônimo de arte e entretenimento. Tanto que a principal fonte de financiamento dos governos anteriores era a obsoleta Lei Rouanet (agora já em processo de reformulação). Depois da primeira eleição de Lula e do convite que o mesmo fez ao músico Gilberto Gil para ocupar o Ministério da Cultura, percebemos uma mudança deste quadro. Mais editais abertos , programas de valorização da cultura nacional, fortalecimento da FUNARTE e do IPHAN, seminários, debates e diálogo constante com artistas, trabalhadores da cultura, movimentos sociais e empresários do setor para a construção de uma Plano Nacional de Cultura, criação dos pontos de cultura e do programa Mais Cultura, representando investimento público direto do Estado para o setor cultural.A Cultura é entendida agora em três eixos: na sua dimensão simbólica,cidadã e econômica.

Como bem anunciou o atual ministro da Cultura, Juca Ferreira, em recente artigo para o jornal Folha de São Paulo: "No governo Lula, o princípio é tratar a cultura como um patrimônio produzido por uma sociedade diversa e dinâmica, e ainda desigual: trata-se de considerar a política cultural brasileira como parte fundamental da realização de um país justo e republicano e, nesse sentido, disponibilizar recursos com critério, transparência e metas controladas pela sociedade."Segundo ele ainda: "Apenas 13% dos brasileiros vão ao cinema uma vez por ano; 92% nunca visitaram um museu; só 17% compram livros; 78% nunca assistiram a um espetáculo de dança; mais de 75% dos municípios não têm centros culturais, museus, teatros, cinemas ou espaço cultural multiuso."O vale-cultura pretende diminuir esta desiguldade e reforçar o acesso aos bens culturais como direito básico de todo cidadão. Assim como são básicos o direito ao transporte e alimentação.A medida poderá injetar R$600 milhões por mês, ou seja, 7,2 bilhões anuais.

Porém, setores que lucravam demasiadamente com a cultura sem esta preocupação "secundária," juntamente com o Partido da Imprensa Golpista (PIG), denunciam o programa como eleitoreiro e assistencialista. Ou seja, relatam o fato fora de seu contexto. Incomoda tanta democratização, incomoda aos membros da "cultura elitizada e culta" tantos programas para a valorização da cultura popular. Incomoda ter um presidente formado no sindicato e na militância política, não fequentador das academias brasileiras - acusam-no de analfabeto, diem que ele não ler livros. O conhecimento só é válido se aprendido nos padrões da cultura burguesa,não é? é uma pinóia! e Paulo Freire? os pontos de cultura estão aí para comprovar isso.

Demostrada o que vale e o quanto vale a nova proposta do governo, feita em parceria com a sociedade civil e os argumentos de seus inimigos, temos que agora pressionar o governo, ficar de olho e cobrar dos nossos parlamentares para aproverem esta iniciativa que beneficiará tão somente a população brasileira e contribuirá para o novo projeto nacional de desenvolvimento que passa pelo fortalecimento de nossa cultura. Pois como dizia Monteiro Lobato: "uma nação se faz com homens e com livros" e acrescento que estes podem ser verbais e não verbais

domingo, 19 de julho de 2009

Pirata, eu?

Publicado por Everton Rodrigues



Zélia Duncan, Léo Jaime e Leoni encabeçam manifesto que defende fã que baixa música

Fonte: http://musicaparabaixar.org.br/

RIO – O tom é contundente: “Quem baixa música não é pirata, é divulgador!”. Extraída do manifesto Música Para Baixar (MPB), a frase sintetiza o teor do texto que, no ar há uma semana, já arregimentou mais de 800 assinaturas on-line. Entre elas, as de artistas como Zélia Duncan (que reforçou seu apoio com o recado “é fundamental que isso aconteça”, ao lado de seu nome), Léo Jaime, André Abujamra, Ritchie, Roger Moreira (Ultraje a Rigor) e Leoni – um dos idealizadores do manifesto (leia na íntegra) .

- Existe um discurso oficial das gravadoras de que nós, artistas, somos prejudicados pela chamada pirataria digital. Queríamos mostrar que há uma outra forma de se olhar para a situação – explica Leoni. – O fã que baixa divulga nossa música de graça. Um ótimo exemplo é o caso do compositor americano Corey Smith, que põe suas músicas disponíveis de graça em seu site e à venda no iTunes. Ele fez um teste e tirou as canções do seu site. As vendas delas no iTunes caíram. E voltaram a crescer quando ele voltou a disponibilizá-las gratuitamente.

O manifesto nasceu no 1º Fórum Música Para Baixar, realizado no mês passado em Porto Alegre, como parte da programação do Fórum de Software Livre. Entre suas propostas, o movimento MPB defende a isenção de impostos para a música. Quer ainda debater junto ao Ministério da Cultura a flexibilização dos direitos autorais.

- Os direitos autorais nasceram para incentivar os artistas a produzirem sua obra para a sociedade. Hoje, isso se perdeu em distorções – avalia Leoni. – Uma escola pública de Taubaté foi impedida de fazer sua festa junina porque o Ecad cobrou direitos das músicas que seriam executadas. Eles não tinham dinheiro. Mas uma escola particular tem. Nesse caso, os direitos autorais servem para aumentar a distância entre o ensino público e o privado.

Assinado também por artistas novos emergentes como Macaco Bong e Teatro Mágico (outro que está entre os organizadores do documento), o manifesto define o movimento MPB como uma “reunião de artistas, produtores(as), ativistas da rede e usuários(as) da música em defesa da liberdade e da diversidade musical que circula livremente em todos os formatos e na internet”.

- Estão aparecendo propostas perigosas de cercear a internet, criar uma vigilância sobre os usuários. É certo acabar com a liberdade de troca de informação da rede em nome de um negócio que está acabando? – pergunta o compositor, referindo-se às gravadoras e ao modelo fonográfico tradicional. – E, na internet, todo cuidado é inútil. É melhor eu pôr minhas músicas no meu site que encontrá-las no Lime Wire (site de compartilhamento) atribuída a outros autores, com qualidade baixa ou vírus.

sábado, 13 de junho de 2009

DOMINGO COM TEATRO A R$ 1,00 - ESPECIAL DIA DOS NAMORADOS



A Prefeitura do Rio, por intermédio da Secretaria Municipal de Cultura, realiza no dia 14 de junho o Domingo é Dia de Teatro a R$ 1, em homenagem ao Dia dos Namorados. O projeto, de sucesso no calendário do Rio, apresenta oito peças e musicais nos Teatros da cidade, inclusive Tom e Vinicius - o Musical, às 18h, no Teatro Municipal Carlos Gomes. O espetáculo conta a história de amizade entre os compositores Tom Jobim e Vinícius de Moraes, durante a década de 50 e 60. No repertório, clássicos como "Desafinando", "Samba de uma nota só", "Ela é carioca", Por causa de você", "Garota de Ipanema", entre outras. Texto de Daniela Pereira de Carvalho e Eucanaã Ferraz. Direção de Daniel Hertz, com Marcelo Serrado, Thelmo Fernandes, Guilhermina Guinle e grande elenco.
Outra boa opção é a peça Cidade das Donzelas, às 20h, no Teatro Municipal Café Pequeno. A história, baseada em fatos reais, se passa no ano de 1945, num vilarejo bem distante, no meio do nada, em lugar nenhum do sertão. Carolino, um jovem andarilho, nascido em Juazeiro, viaja o mundo inteiro e volta para sua terra. Antes, por pura curiosidade, se embrenha na Cidade das Donzelas, habitada por mulheres bizarras e misteriosas. Com Troupp Pas D'argent. Direção de Marcela Rodrigues.

PROGRAMAÇÃO:



TEATRO MUNICIPAL CARLOS GOMES
Praça Tiradentes s/n - Centro - Tel: 2232-8701 / 2224-3602



TOM E VINICIUS - O MUSICAL, às 18h.
Texto de Daniela Pereira de Carvalho e Eucanaã Ferraz. Direção de Daniel Hertz, com Marcelo Serrado, Thelmo Fernandes, Guilhermina Guinle e elenco. Classificação:10 anos







CENTRO DE REFERÊNCIA CULTURA INFÂNCIA / TEATRO DO JOCKEY
Av. Bartolomeu Mitre, 1110 - Leblon - Tel: 2540-9853.

O SEGREDO DE COCACHIM, às 16h
Após comprar um mapa no Saara, Beto e Bia saem em busca de um tesouro que pertenceu à princesa Cocachim. Direção de Beto Brown, com Laila Zaid e Alexandre Contini. Classificação livre.



A LENDA DO PRÍNCIPE QUE TINHA ROSTO, às 18h
O espetáculo passeia entre o gótico e o surrealismo, contando a história de um príncipe que nasce com rosto em uma terra de pessoas "sem rosto". Sem texto, a ação se desenvolve através de uma narração ilustrada por bonecos de manipulação direta, projeções, máscaras e pelo trabalho de corpo dos atores. Direção de Gustavo Bicalho, com a Cia Artesanal. Classificação livre.



O ESTRANGEIRO, às 21h.
Adaptação da clássica obra de Albert Camus. O espetáculo retrata a vida de Meursault, um homem que leva uma vida banal até o dia em que recebe a notícia da morte da mãe. O personagem comete um crime, é preso e julgado. Direção: Vera Holtz, com Guilherme Leme. Classificação: 16 anos.




TEATRO MUNICIPAL MARIA CLARA MACHADO
Rua Padre Leonel Franca, 240 - Gávea - Tel: 2274-7722
ESPIA UMA MULHER QUE SE MATA, às 20h
Baseado no clássico Tio Vânia, de Anton Tchecov, o espetáculo é uma releitura contemporânea do texto original onde Daniel Veronese, diretor e dramaturgo argentino que foca sua visão nos dramas e nas relações familiares. Direção de Marcelo Subiotto, com Roberto Bomtempo, Miriam Freeland, João Vitti e elenco. Classificação: 14 anos.




TEATRO MUNICIPAL CABARÉ LEBLON
Av. Ataúlfo de Paiva, 269 - Leblon - Tel: 2294-4480



CIDADE DAS DONZELAS, às 20h
A história, baseada em fatos reais, se passa no ano de 1945, num vilarejo bem distante, no meio do nada do sertão. Carolino, um jovem andarilho, nascido em Juazeiro, viaja o mundo inteiro e volta para sua terra. Antes, por pura curiosidade, se embrenha na Cidade das Donzelas, habitada por mulheres bizarras e misteriosas. Direção de Marcela Rodrigues, com Troupp Pas D'argent. Classificação: 18 anos.







SALA MUNICIPAL BADEN POWELL
Av. N. S. de Copacabana, 360 - Copacabana - Tel: 2548-0421




UM HOMEM CÉLEBRE, às 19h
Espetáculo baseado no conto homônimo de Machado de Assis. É um tratado sobre a situação do artista brasileiro que conta a história de Pestana, um compositor de Polcas que mora no Rio de Janeiro e vive como se estivesse em Viena. Direção de Pedro Paulo Rangel, com Aldri Anunciação, Júlia Rabello, Laura Castro, Marcelo Sader, Rodrigo Lima e Suely Franco como convidade especial. Classificação Livre.




ESPAÇO CULTURAL MUNICIPAL SÉRGIO PORTO
Rua Humaitá, 163 - Humaitá - Tel: 2266-0896



PESSOAS, às 20h
Espetáculo construído a partir de fragmentos de quatro peças de Fernando Pessoa, três delas inéditas. Os quatro atores da montagem passam por todas as cenas que são apresentadas contínua e simultaneamente, oferecendo ao público várias possibilidades. Direção de Susanna Kruger, com Verônica Reis, Luiz André Alvim, Márcio Fonseca e Adriana Schneider. Classificação: 16 anos (máximo de 60 pessoas por espetáculo).

Fonte: site da Secretaria Municipal de Cultura.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Hamlet na UERJ




Escrita por William Shakespeare, na virada do século XVII, a tragédia Hamlet permanece como a peça mais celebrada em toda a história do teatro. Desta vez, o texto volta a ser encenado com o frescor e o despojamento que marcaram sua estréia, há quatro séculos. Nos dias 18, 19 e 20 de junho, a bem-sucedida montagem com direção de Aderbal Freire Filho e protagonizada por Wagner Moura entra em cartaz no Teatro Odylo Costa, filho da UERJ em curtíssima temporada popular. Os ingressos para o espetáculo já estão à venda na bilheteria do Teatro, que funciona de segunda a sexta-feira, das 10h às 12h e das 14h às 20h.



Para ser fiel ao universo shakesperiano, Aderbal resolveu fazer uma nova tradução da peça, assinada em parceria com a professora de inglês Barbara Harrington e o próprio Moura. "Nossa tradução não privilegia o literário, mas busca a humanidade do que é dito. Não foi feito nenhum corte, mas conseguimos deixar o texto mais comunicativo", avalia o ator. "Descobri muita coisa traduzindo. ‘Hamlet’ é a peça de Shakespeare que mais fala sobre teatro: esse foi o mote de minha direção. Em cena, teremos os atores sempre no palco, como se fossem uma companhia de teatro contando a história", explica o diretor, que tem outra peça do bardo inglês no currículo, ‘As you like it’, montada em 1985.



A concepção do espetáculo é baseada no famoso conselho de Hamlet aos atores, no terceiro ato da peça, quando ele usa uma companhia de teatro para encenar a morte de seu pai, o rei Hamlet, na frente de seu algoz e sucessor, Claudio (interpretado por Tonico Pereira). Hamlet pede para que os atores esqueçam o tom impostado de representação e respeitem o texto, assim como Aderbal pediu ao elenco desta versão:




"Quero manter Hamlet vivo, como se dissesse o texto pela primeira vez e não repetindo palavras impressas. Quero que as pessoas entendam o que acontece no palco. O espetáculo é natural, acontece no presente, mas não é naturalista e nem de época", frisa.



O diretor foi o primeiro nome lembrado por Wagner, também produtor do projeto. Aderbal também foi o responsável pela última peça do ator, Dilúvio em tempos de seca (2004). "Nos ensaios, percebi que meus outros personagens tinham uma sombra de Hamlet, alguns também não tinham pai e eram sombrios ou melancólicos", diz sobre a construção do atormentado príncipe da Dinamarca.



Para a preparação, o ator assistiu a uma série de versões do texto no cinema, em filmes estrelados por Laurence Olivier, Innokenti Smoktunovsky, Mel Gibson, Adrian Lester, Kenneth Branagh, Blair Brown e Ethan Hawke. Um dos maiores especialistas em Shakespeare, o crítico literário inglês Harold Bloom chegou a afirmar certa vez que "o personagem é dotado de brilho espiritual e intelectual superior ao de todos nós, humanos, e de seus intérpretes, inclusive". Wagner concorda quanto às diversas facetas de Hamlet: "Ele é muitos e cada intérprete é um Hamlet diverso, não só porque os atores são diferentes, mas o personagem é tão complexo que nos comporta a todos", analisa.



ELENCO – Com dez atores, o elenco traz nomes como Georgiana Góes (Ofélia), Caio Junqueira (Horácio), Fábio Lago (Laerte) e também a dupla Gillray Coutinho (Prêmio Eletrobras por O Púcaro Búlgaro) e Candido Damm, parceiros de longa data de Aderbal. Carla Ribas volta ao teatro para viver a rainha Gertrudes, depois do êxito como protagonista do elogiado longa A Casa de Alice, selecionado para a última edição do Festival de Berlim.



Recém-premiada com o Shell por As Centenárias, a dupla Fernando Mello da Costa e Rostand Albuquerque assina a cenografia. De acordo com a proposta da direção, eles deixam o palco vazio, com poucos elementos e um espaço lateral onde os atores ficarão quando não estiverem em cena. Algumas projeções – com imagens de cena filmadas em tempo real – ilustram a parte central do cenário em momentos específicos.



Apesar de uma discreta inspiração na Renascença, os figurinos de Marcelo Pies não determinam época nem local. "As roupas são neutras, equilibram o épico com o atual, mas não são roupas de hoje em dia. O espetáculo mostra uma atualização profunda, mas não busca a modernidade aparente", analisa Aderbal. Parceiro do diretor em uma série de trabalhos, Maneco Quinderé é o responsável pela iluminação.



A trilha sonora ficou a cargo de um estreante na área: Rodrigo Amarante, que até o ano passado integrava o quarteto Los Hermanos. Apaixonado por teatro, o músico assistiu aos últimos trabalhos de Aderbal e se ofereceu para fazer a música de um próximo espetáculo. Ele apresentará canções inéditas, compostas especialmente para a montagem.



A TRAGÉDIA



No Castelo de Elsinor, na Dinamarca, o fantasma do Rei Hamlet aparece para seu filho, o príncipe Hamlet, e exige uma vingança. O espectro diz ter sido envenenado pelo próprio irmão, Claudio, enquanto dormia. Claudio acaba se casando com a Rainha Gertrudes, mãe de Hamlet, roubando de seu pai a um só tempo a vida, a coroa e a mulher. Paralelamente, Hamlet se apaixona pela jovem Ofelia, filha de Polônio, conselheiro de Claudio e Gertrudes, e irmã mais nova de seu amigo Laertes.








HAMLET, de William Shakespeare



Com Wagner Moura e grande elenco.



Datas: 18 (quinta), 19 (sexta) e 20 (sábado) de junho de 2009



Horários: 19h30 (qui e sex), 20h (sab)



Local: Teatro Odylo Costa,filho/UERJ



Rua São Francisco Xavier, 524 - Maracanã



Informações: 2587-7116/7796



Classificação Etária: indicado para maiores de 14 anos



Ingressos: R$30,00(inteira)



R$15,00 (meia-entrada: estudantes, terceira idade, Clube do Assinante – O Globo - e com a doação de 1 lata de leite em pó para a entidade Rede de Voluntariado do Hospital Universitário Pedro Ernesto)



Lotação: 1.106 lugares

Fonte: Site UERJ

sexta-feira, 5 de junho de 2009

VIRADÃO CULTURAL, REVIRANDO O RIO DE JANEIRO

Pela primeira vez, o Rio de Janeiro será palco de um grande evento multicultural com 48 horas seguidas de intensa programação gratuita ou a preços populares. Criado e coordenado pela Prefeitura do Rio, através da Secretaria Municipal de Cultura, o Viradão Carioca ocupará diversos pontos da cidade - entre praças, ruas, teatros, cinemas, bibliotecas, lonas e centros culturais - com shows, peças, concertos, exposições, leituras, performances, filmes, literatura e circo, entre os dias 5, 6 e 7 de junho. O Viradão tem apoio institucional da Globo Rio e a parceria do Sistema Globo de Rádio e da Infoglobo.

Boa parte dos cerca de 300 eventos programados acontecerá em locais abertos, como os quatro "palcões" na Praça Quinze, Santa Cruz e Madureira. Ou ainda nos palcos itinerantes - Viramóvel e Palco sobre rodas - que passarão por bairros como Campo Grande, Pavuna, Méier, Bangu e Leme. A programação ao ar livre se espalha ainda por ruas e praças, como a Rua do Mercado, Praça Tiradentes, Praça do Méier, Praça Afonso Pena, Praia de Copacabana, Lapa, Viaduto de Madureira, entre outros. "A rua é a grande vocação do carioca, que não gosta de praça vazia. O Viradão mostra uma meta da nossa gestão, que é fazer da cultura uma forma de reflexão e transformação da cidade. Nosso lema é a cultura como um direito à cidade e ocupar a rua e os espaços públicos é um passo em direção a isso", diz a secretária de Cultura, Jandira Feghali.



As atrações especialmente programadas para o Viradão serão gratuitas ou com preços populares. Mas toda a cidade vai ser convidada a se mobilizar para o evento, incluindo atrações por adesão.








PALCOS TEMÁTICOS



Cada um dos quatro palcos principais terá um perfil temático que norteará a programação dentro de um conceito específico. As Lonas Culturais da Prefeitura, espalhadas pela Zona Norte e a Zona Oeste, também serão temáticas. A ideia do nome ‘Viradão' é não só a de ‘virar' duas noites com programação ininterrupta mas ‘virar' a cidade culturalmente, apresentando ao público da Zona Sul, eventos e artistas da Zona Norte; ou da Zona Oeste no Centro.



Assim, o palco da Praça Quinze - onde o ‘Viradão Carioca' começa, no dia 5, sexta-feira, às 21h, com shows de Dudu Nobre, MartNália e "virada" com Marlboro e outros DJs - terá como tema ‘O Rio de Janeiro, fevereiro e março', e receberá a música carioca por excelência, do samba ao funk, do pop à MPB.

No palco de Santa Cruz serão celebrados ‘Maestros Soberanos' de ontem e hoje, como Tom Jobim, Nelson Cavaquinho e Heitor Villa-Lobos.



Na quadra da Portela, em Madureira, o palco ‘No reino de Luiz Gonzaga' leva para a terra do samba os ritmos nordestinos, com apresentações de grandes nomes da MPB e grupos de forró.




PRAÇA TIRADENTES E SÃO CRISTÓVÃO NO ROTEIRO



O entorno da Praça Tiradentes se transformará no Pólo Contemporâneo Tiradentes, com shows, musicais, exposições e performances. A programação inclui o Teatro Municipal Carlos Gomes - que além de sua programação regular sediará um grande show de MPB e a abertura do Ciclo de Leituras Nelson Rodrigues - e o Teatro João Caetano, da rede estadual de teatros, que sedia o festival de música ‘Rio Follie Journée'. No sábado, às 11h será montada na Praça Tiradentes uma exposição de grandes artistas plásticos contemporâneos, coordenada pela Gentil Carioca, galeria de Ernesto Neto, Marcio Botner e Laura Lima. Em seguida, uma ‘batalha' de DJs nas ‘juke box' da rua Luís de Camões, nas cercanias do Centro de Artes Hélio Oiticica, vai agitar a região.



Uma outra "batalha" - a dos repentistas contra os rappers - vai animar a noite do Centro de Tradições Nordestinas, o Pavilhão de São Cristóvão. A entrada da cultura "hip hop" no Pavilhão, habituado a receber eventos ligados à cultura nordestina, como a festa junina que sediará também no mês de junho, espelha a troca de conceitos proposta pelo Viradão para cada espaço.




Os equipamentos culturais da Prefeitura vão estar todos tomados pelo Viradão: no Planetário, na Gávea, leituras literárias e teatrais com grandes nomes da TV e do teatro vão se misturar a um show ao ar livre, tendo a cúpula da instituição como pano de fundo. No Castelinho do Flamengo, projeções na fachada vão celebrar as imagens que fizeram a história do Rio, pertencentes ao Arquivo da Cidade. No Parque das Ruínas, as VJ Nights vão transformar a área ao ar livre em pista de dança, com vista privilegiada da cidade. Na Tijuca, o Centro Coreográfico terá programação intensa, que vai se espalhar pelos palcos itinerantes da cidade com grupos como Cia Urbana de Dança ou a Arquitetura do Movimento. No Centro de Referência da Música, o roteiro inclui a exibição de "Contratempo", filme de Malu Mader, com a presença da atriz para um debate.



CINEMA NA PRAÇA, ORQUESTRA NA IGREJA



O projeto Cinema na Praça vai se espalhar por várias regiões da cidade. O roteiro de cinema inclui ainda as salas de exibição da Riofilme, caso do Cine Glória, no Memorial Getúlio Vargas, que vai virar a noite com sessões consecutivas de cinema, até o raiar do dia. Em uma parceria com o evento, o Grupo Estação também vai realizar uma Super Maratona no Odeon, convidando os cinéfilos a abrir mão da noite de sono.



A Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) vai dar dois concertos gratuitos na Igreja da Candelária, lembrando com "A criação" os 200 anos da morte de Haydn. Grandes nomes do teatro e da literatura serão celebrados nas bibliotecas municipais e nos centros culturais. O Ciclo de Leituras Nelson Rodrigues, criado em parceria com a Globo Rio, começa com um "corujão" - a sessão de 23h de sexta-feira no Carlos Gomes - e se distribui em outros teatros da Rede Municipal e nas Lonas Culturais, com grandes atores da Rede Globo revisitando os episódios de "A vida como ela é".



A RUA PARA TODOS



A festa continua na rua, o grande palco do Viradão Carioca. O bloco Cordão do Boitatá, famoso por seu desfile no domingo de carnaval, na Praça Quinze, ocupará a região em dose dupla: no sábado, coordena na Rua do Mercado um Arraial para Santo Antônio, primeiro santo junino, com a presença do Rio Maracatu e da cantora Clara Becker e barraquinhas de quitutes. No domingo, às 8h, faz a Alvorada com o Boitatá no Palcão Praça Quinze.



No Méier e na Praça Afonso Penna, na Tijuca, "estátuas vivas" vão mostrar para o público passante um pouco da obra de Rodin e Camille Claudel, numa homenagem ao Ano da França no Brasil. Os monumentos arquitetônicos franceses serão o tema do concurso de escultura de areia que vai se realizar na Praia de Copacabana.



No domingo, a orla se agita com dois desfiles: no primeiro, as bandas da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e dos fuzileiros navais se reúne para um grande concerto no Forte de Copacabana, depois de marcharem ao lado do público. Depois dos militares, é a vez dos grupos artísticos formados pelas Lonas Culturais da periferia mostrarem seus trabalhos para os banhistas. Oficinas com a bateria e a bateria mirim do Império Serrano vão ser oferecidas no Bairro Peixoto e no Parque da Catacumba. "A ocupação da rua vai dar o tom da nossa gestão. O Viradão é um cartão de visitas", explica Jandira Feghali.



Outras informações sobre o evento:
viradaocarioca@gmail.com


SITE OFICIAL DO VIRADÃO: http://www.viradaocarioca.com
TWITER:http://twitter.com/viradaocarioca

sábado, 30 de maio de 2009

"Garapa": Menos que o essencial

Daniel Schenker, Jornal do Brasil


RIO - José Padilha aborda famílias (no sertão do Ceará e na periferia de Fortaleza) que sofrem com a fome nem sempre por não ter o que comer, mas também pela falta de acesso aos alimentos essenciais à subsistência. Com frequência passam dias à base de garapa, mistura de água e açúcar. A precariedade, como mostra o diretor, não é “só” de ordem econômica: alguns chafurdam em relações arruinadas, possivelmente por comodismo.

O resultado lembra Estamira (Marcos Prado é um dos produtores), apesar de o objetivo não ser o de penetrar num hermético funcionamento psíquico. A contundência fica por conta de uma câmera que flagra a miséria sem pudor. O registro, porém, não chega a ser sensacionalista.

Filmado em preto e branco, com textura granulada, bate na tela com uma estrutura menos refinada que a de Tropa de elite e, em especial, Ônibus 174, filmes anteriores de Padilha que conjugam características do documentário e da ficção. E o contato entre equipe e personagens, marcado por certa dose de distanciamento, poderia ter sido mais desenvolvido.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

ORGANZAÇÕES SOCIAIS OU ORGANIZAÇÕES PRIVADAS?

E a Luta da concepção de Estado e Cultura

Um espectro ronda o Estado do estado do Rio de Janeiro: o Neoliberalismo. Em tempos de crise econômica, onde até o berço do capitalismo é obrigado a usar da ferramenta do Estado para conter a crise da bolsa de valores e do mercado financeiro em geral, injetando mais de 3 trilhões de dólares (se não me falha a memória) em bancos falidos, os governos estadual e municipal, apresentam “idéias em crise”. O exemplo mais claro disso, é o projeto das OS's(Organizações Socias), encaminhado pelo poder executivo para aprovação dos vereadores e senadores do nosso Estado, que visa estabelecer um contrato de gestão com estas organizações para que passem a executar os serviços de Educação, Cultura,Sáude e outros. O Estado deixa de ser executor para ser apenas um elaborador e surpervisor das políticas públicas.


A primeira iniciativa neste sentido partiu da Secretária Estadual de Cultura, representada pela figura de Adriana Rattes. A mesma enviou o projeto de lei n° 1975/2009 que permite que organizações socias privadas sem fins lucrativos possam executar serviços e atividades do setor cultural mediante um contrato de gestão; em outras palavras, é permitido agora ao Estado terceirizar o serviço público com o argumento da modernização do mesmo. Qualquer semelhança com a tese do Estado mínimo é mera semelhança. Será? Está escrito no projeto: “1) Ao Estado caberá as funções de Planejamento/Formulação de Políticas Públicas, de Acompanhamento/ Controle/ Fiscalização e a de Avaliação do Desempenho das OS.2) Às OS competirá apenas executar as atividades de interesse público conferidas pelo Contrato de Gestão”. Mas na verdade quem vai contratar os funcionários, gerir os envestimentos não será o Estado, e sim, as OS'S.Não são elas que executam? Os leitores conhecem a tese da diminuição de investimento do Estado e do “Estado inchado”? eis um exemplo do projeto:“Os empregados contratados pela organização social não terão qualquer vínculo empregatício com o Poder Público,inexistindo também qualquer responsabilidade relativamente às obrigações, de qualquer natureza, assumidas pela organização social” (Capítulo II, art.° 44 do projeto de lei 1975/2009). Para que serve o Estado? Onde o dinheiro público deve ser aplicado?


Em tempos de pontos de cultura, reformulação da Lei Rouanet, Fundo Nacional da Cultura, vale-cultura, ou seja, tempo de investimento maçiço do Estado no setor cultural, os políticos da cidade maravilhosa abrem mão de sua responsabilidade perante os equipamentos públicos culturais.. Lembro-me que no último seminário do Plano Nacional de Cultura, dia da posse também do novo presidente da FUNARTE Sérgio Mambert,Adriana Rattes afirmou que “procura copiar, tirar como exemplo a gestão do MINC para elaborar as políticas de sua gestão” Pelo visto, a excenlentíssima secretaria não está lendo os projetos e nem as últimas discussões no site do Ministério da Cultura, nem indo aos encontros nacionais por estar tão preocupada com a privatização da Cultura. Aliás, quem se lembra da FUNARJ? Pois é, não existirá mais. “Pra que Fundações estatais? é melhor privada!” (quem sabe ela não está pensando nisto?).é tão absurda a falta de respeito da secretaria, que a mesma faltou a uma audiência convocada pela comissão de cultura da Alerj no dia 18 de maio, deixando esperando 500 pessoas entre servidores e funcionários públicos que lotavam o plenário e as galerias da Assembléia Legislativa. Ainda encaminhou uma carta justificando-se, afirmando “que não era o momento oportuno do assunto ser discutido.” Então, quando será o momento? Quando a lei já tiver sido aprovada?


Compartilhando das “idéias em crise” está também o prefeito Eduardo Paes que caminhou o projeto 2/2009 para a Câmera de Vereadores que prevê o sistema de OS não só para Cultura, mas também para Educação, Saúde. Serviços clássicos de obrigação do Estado nas mãos de sociedades privadas. O projeto já teve a primeira aprovação no dia 28 de abril. Dividindo na hora da votação até o “bloco de esquerda”, pois vereadores do PDT E PSB votaram a favor, sem falar no PT.


O Estado recebe dinheiro público à custa dos impostos que nos são cobrados. A cada leite, sabonete, transação financeira, pagamento de mensalidade, de ingresso para ir ao teatro, ao cinema estamos contribuindo para que o Estado garanta os serviços básicos com o mínimo de qualidade. Preferencialmente, o mesmo deve atender aos mais necessitados. Deve garantir o direito a cidadania das pessoas. Não ficar sujeito as leis de mercado que priorizam os lucros em detrimento do serviço de qualide. Vide a entrega ao setor de transporte para empresas privadas: seguranças da Supervia batendo em trabalhadores, trens atrasados, acidentes... E tantos outros desastres. Imaginem como ficarão nossos teatros, nossas escolas, nossos hospitais. O que está em jogo não é o modelo de gestão do Estado, mas sim a concepção do mesmo: Estado para minoria (privado) ou Estado para a maioria (Público)? Como dizia Brecht em seu poema PRIVATIZADO:



"privatizaram sua vida seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar.
É da empresa privada o seu passo em frente,
Seu pão e seu salário. E agora não contente querem
Privatizar o conhecimento, a sabedoria,
o pensamento, que só à humanidade pertence."


Geovane Barone.
Ator, Produtor Cultural, estudante de Filosofia, coordenador do CUCA-RJ e Secretário de Cultura da UJS Carioca.

sábado, 16 de maio de 2009

PELA APROVAÇÃO URGENTE DA PEC 150

Abaixo-assinado pela Aprovação da PEC 150: http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/3958

Está na hora de unir esforços pela sensibilização dos nossos representantes em Brasília para a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional - PEC 150/03, que determina a vinculação de 2% dos recursos do Orçamento da União, 1,5% dos estados e 1% dos municípios à preservação do patrimônio cultural brasileiro e à produção e difusão da cultura nacional. União terá ainda que dividir 50% de sua cota da Cultura com as outras unidades da Federação - 25% com os estados e 25% com os municípios.
Como forma de valorização do patrimônio cultural e desenvolvimento da produção e da economia da cultura em nosso país essa vinculação, que já ocorre em outras áreas como saúde e educação, precisa ser adotada imediatamente no Brasil.

PARA ASSINAR é só acessar: http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/3958
e colocar os seus dados.

Confira a redação da PEC 150:

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº DE 2003
(Do Srs. PAULO ROCHA , GILMAR MACHADO, ZEZEU RIBEIRO, FÁTIMA BEZERRA e outros)
Acrescenta o art. 216-A à Constituição Federal, para destinação de recursos à cultura
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:
Art. 1º É acrescentado o art. 216-A à Constituição Federal, com a seguinte redação: "Art. 216-ª A União aplicará anualmente nunca menos de dois por cento, os Estados e o Distrito Federal, um e meio por cento, e os Municípios, um por cento, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na preservação do patrimônio cultural brasileiro e na produção e difusão da cultura nacional.
§ 1º - Dos recursos a que se refere o Caput, a União destinará vinte e cinco por cento aos Estados e ao Distrito Federal, e vinte e cinco por cento aos Municípios.
§ 2º - Os critérios de rateio dos recursos destinados aos Estados, ao Distrito Federal, e aos Municípios serão definidos em lei complementar, observada a contrapartida de cada Ente.
Art. 2º Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
A exemplo do que já ocorre nas áreas de educação e saúde, a valorização da cultura nacional depende de um decisivo e continuado apoio governamental . Esta é também a regra no resto do mundo, ou, pelo menos, nos países em que a cultura é considerada como um valor a ser preservado e promovido No nosso caso, em particular, o financiamento do Estado tem outra importante função, qual seja a se equalizar o acesso e democratizar os benefícios dos produtos culturais, disseminando-os entre os segmentos excluídos da sociedade. Estas manifestações não podem ser inteiramente privatizadas, e as pessoas de baixa renda ou da periferia não podem ser simplesmente excluídas. Nem se pode admitir que a cultura seja apenas um acessório. A cultura tem que ser entendida como espaço de realização da cidadania, da superação da exclusão social e como fato econômico, capaz de atrair divisas para o país e, internamente,
gerar emprego e renda.
Assim compreendida, a cultura se impõe, desde logo, no âmbito dos deveres estatais. É um espaço onde o Estado deve intervir. Mas não segundo a velha cartilha estatizante, mas como um formulador de políticas públicas e estimulador da produção cultural A opção para o atendimento a esta necessidade reside na vinculação de receitas - apenas tributárias, apenas de impostos - aplicando parte delas e transferindo outra para os demais Entes, possibilitando, inclusive, a adoção de programas nacionais, sob a forma de participação conjunta.
Por estas razões, espero o amplo e dicidido apoio de meus Pares.
Sala das Comissões, em de de 2003
Deputado Paulo Rocha PT/PA
Deputado Gilmar Machado PT/MG
Deputado Zezeu Ribeiro PT/BA
Deputada FátimaBezerra PT/RN

Fonte:http://www.abaixoassinado.org/webroot/assinaturas/assinar/3958

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Jandira anuncia projetos e se reúne com Ministro da Cultura

No dia 10, a secretária municipal de Cultura, Jandira Feghali, anunciou a reabertura da casa de show Imperator, no Méier. Já no dia 12, ela se reuniu, na lona Crescer e Viver, na Praça Onze, com o Ministro da Cultura, Juca Ferreira, e com representantes da arte circense e outros movimentos populares.

Com o ministro, Jandira debateu o Programa Nacional de Incentivo à Cultura (Profic), que faz parte das mudanças na nova configuração da Lei Rouanet de incentivo à Cultura. O tema do encontro era “Dirigismo ou democracia cultural?” e contou com a presença dos subsecretários e secretários de Cultura de diversos municípios fluminenses.

Novos projetos

No dia 10 – estreia do Palco sobre Rodas, no Méier – Jandira aproveitou a ocasião para falar sobre um sonho antigo do bairro: a reabertura do Imperator. Ela anunciou a reabertura da casa de show em 2010, em um novo formato: salas para ensaios e cursos e cinema durante o dia; palco para espetáculos à noite. “Inauguramos este projeto pelo Méier porque estamos atentos ao bairro. Em breve, vamos recuperar o Imperator, uma antiga demanda da região”, afirmou.

A Secretaria Municipal de Cultura também inaugura no dia 26 de maio o projeto 7 em Ponto, que vai levar música a preços populares para o Teatro Carlos Gomes, na Praça Tiradentes. As apresentações vão acontecer todas as terças-feiras, sempre às 19h (“sete em ponto”), e com ingressos a apenas R$ 10. O show de estreia terá Martinho da Vila, Gabriel de Aquino e o grupo DNA.

Página inicial

domingo, 3 de maio de 2009

Morre o dramaturgo Augusto Boal, do Teatro do Oprimido





Morreu na madrugada deste sábado (2), aos 78 anos, o diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta Augusto Boal. Expoente do Teatro de Arena de São Paulo (1956 a 1970) e fundador do Teatro do Oprimido (inspirado nas propostas do educador Paulo Freire), Boal sofria de leucemia e estava internado na CTI (Centro de Terapia Intensiva) do Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro.


Boal (1931-2009): indicação ao Nobel da Paz No final de março, ele ainda teve forças para marcar presença um uma conferência da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), em Paris, onde recebeu o título de Embaixador Mundial do Teatro. A notícia de sua morte foi enviada aos amigos pelo diretor teatral Aderbal Freire-Filho, que lamentou a grande perda para o teatro brasileiro.



“A gente sempre diz que os mortos são insubstituíveis, mas Boal, de fato, o é. Ele é um dos deuses do arquipélago do teatro, um dos mitos da nossa religião. É uma perda irreparável”, lamentou Aderbal. O último encontro dele com Boal foi na sala de espera do consultório de Flavio Cure Palheiro, médico que monitorou o desenvolvimento da doença de Boal.



Augusto Pinto Boal nasceu em 16 de março de 1931. Suas técnicas e práticas difundiram-se pelo mundo, notadamente nas três últimas décadas do século 20. As lições de Boal foram largamente empregadas não só por aqueles que entendem o teatro como instrumento de emancipação política — mas também nas áreas de educação, saúde mental e no sistema prisional. Suas teorias sobre o teatro são estudadas nas principais escolas de teatro do mundo.



“Boal nos representa no Brasil e fora dele. Há livros traduzidos em francês, holandês, mais de 20 línguas”, comenta Aderbal Freire-Filho. “O Teatro do Oprimido é estudado em muitos países. Se ele falecesse na França, a repercussão ia ser enorme.” Em 2008, foi indicado ao prêmio Nobel da Paz devido ao reconhecimento a seu trabalho com o Teatro do Oprimido.



Uma das canções de Chico Buarque é uma carta em forma de música que ele fez em homenagem a Boal, que vivia no exílio, quando o Brasil ainda vivia sob a ditadura militar. A canção Meu Caro Amigo, dirigida a ele, na época exilado em Lisboa, foi lançada originalmente no disco Meus Caros Amigos (1976).



Boal dizia que sua experiência artística “é o teatro no sentido mais arcaico do termo. Todos os seres humanos são atores — porque atuam — e espectadores — porque observam. Somos todos 'espect-atores'". Criada no final da década de 60, sua técnica utiliza a estética teatral para discutir questões políticas e sociais.



Fonte:www.vermelho.org.br

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Livro desvenda a atualidade do pensamento de Karl Marx




Em novembro de 2006, o Centro de Estudos Marxistas (Cemarx) da Universidade do Estado da Bahia realizou seu segundo seminário com o tema “Marx: intérprete da modernidade”. O evento reuniu uma série de pesquisadores e estudiosos da obra de Karl Marx e buscou examinar seu pensamento de forma multilateral. Com a contribuição de Mauro Castelo Branco de Moura, Carlos Zacarias F. de Sena Jr, Muniz Ferreira, José Carlos Ruy, Ricardo Moreno, Eurelino Coelho, Sérgio Lessa, Antonio Carlos Mazzeo, Milton B. de Almeida Jr e Milton Coelho,o debate foi reunido e publicado no livro Marx: intérprete da contemporaneidade, publicado pela Quarterto Editorial, de Salvador e que será lançado no próximo dia 30, às 19 horas, na Livraria Cortez, em São Paulo.


Capa do livro a ser lançado em SP

Karl Marx foi eleito o maior filósofo de todos os tempos em uma pesquisa da emissora de rádio e televisão BBC, de Londres, entre os internautas. A emissora britânica anunciou, no dia 16 de julho de 2005, o resultado final da pesquisa realizada por um dos seus sítios, denonimana In our time´s greatest philosopher, para eleger o maior filósofo da humanidade.



Na enquete, o resultado final colocou Marx em primeiro lugar, com 27,93% dos votos. Isto é, quase um de cada três participantes escolheru Marx como o maior filósofo de todos os tempos. Em segundo lugar, com 12,7%, menos da metade dos votos recebidos por Marx, aparece David Hume, o candidato da The Economist. Ludwig Wittgenstein, o candidato do jornal The Independent, aponta em terceiro lugar, com 6,8% e o quarto lugar é ocupado por Nietszche, com 6,49% dos votos. Platão recebeu 5,65% dos votos e ficou em quinto lugar. Depois, pela ordem Kant (candidato do diário britânico The Guardian), São Tomás de Aquino, Sócrates, Aristóteles e, finalmente, Karl Popper.



Marx formulou as teorias que basearam o socialismo moderno. O seu método de análise da sociedade e da natureza influenciou ramos do conhecimento como a história, a sociologia, a economia e a ciência política. Marx deu forma às suas idéias em livros como O manifesto comunista, O capital, A ideologia alemã, A miséria da filosofia, entre outros.



Influenciado pela dialética hegeliana rejeitou seus componentes idealistas e a reelaborou sobre novas bases filosóficas materialistas. Dessa forma, a dialética materialista de Marx se diferenciou tanto dos materialistas metafísicos e/ou mecanicistas do seu tempo, quanto dos dialéticos idealistas da própria escola hegeliana na qual se formou filosoficamente. Seu método investigativo buscava compreender a realidade concreta a partir da totalidade de fatores e a diversidade de relações entre estes, sendo, no entanto, o econômico determinante em última instância.



A apropriação política das idéias de Marx norteou os chamados movimentos revolucionários do século 20, tornando-o o pensador mais influente de todo aquele século. A sua obra segue sendo um instrumento fundamental para a compreensão do mundo contemporâneo. Em função disso a articulação acadêmica Cemarx resolveu realizar o seminário ''Karl Marx: intérprete da contemporaneidade'', visando trazer reflexões e debates acerca da contribuição marxiana e marxista para a produção acadêmica. O produto do seminário é o debate que está publicado no livro.



O seminário teve a presença massiva dos nossos estudantes, funcionários, colegas professores, militantes dos movimentos sociais e partidos da esquerda crítica do capitalismo. O evento contou também com o apoio da universidade, do Departamento de Educação do campus 2 e da participação (na coordenação) do professor Ricardo Moreno, também da Uneb (representanto o Instituto Maurício Grabois), além da presença, também na coordenação, do professor Muniz Ferreira, do programa de pós-graduação em história da UFBA.



As refexões contidas no amplo debate realizado publicadas nos artigos dos conferencistas contribuem para fazer avançar as lutas sociais que estão construindo no processo histórico a emancipação humana.



Serviço:
Lançamento Marx: intérprete da contemporaneidade
30 de abril, às 19 horas
Livraria Cortez
Rua Bartira, 317 – Perdizes – São Paulo
(ao lado da PUC/SP)

Aberta a temporada de oficinas artísticas

Dança, teatro, música, artes plásticas e visuais. Eis o leque de opções aberto pelo Departamento Cultural (Decult) da UERJ para a temporada 2009 das oficinas artísticas. As inscrições foram abertas esta semana e se estenderão até o dia 22 de maio. No entanto, alguns cursos já terão início a partir do dia 18 de maio e têm duração de aproximadamente três meses.

O objetivo dos cursos é estimular a experiência estética por meio da prática e da pesquisa em diferentes linguagens artísticas. Para quem ainda não teve a oportunidade de conhecer os cursos ou tem curiosidade por assistir às aulas, entre 11 e 15 de maio, todas as oficinas receberão, gratuitamente, os alunos interessados em aulas abertas.

Alguns cursos são gratuitos. Para os que são pagos, o custo de participação é de R$120 à vista. Mas a taxa pode ser paga em duas parcelas de R$70. Alunos da graduação, pós-graduação, servidores de todos os campi, filhos e prestadores de serviço têm desconto e pagam R$90.

As inscrições podem ser feitas diretamente no Centro Cultural da UERJ, Rua São Francisco Xavier 524, campus Maracanã. Informações pelos telefones 2587-7606 ou 2587-7423.

Os cursos oferecidos são: Dança do Ventre; Dança Afro; Dança de Salão; Dança Contemporânea; Introdução à Fotografia; Fotografia Documental; Oficina de Pintura e Desenho; Histórias em Quadrinhos; Encadernação; A Linguagem da Aquarela; Papel Marche; Teoria e Percepção Musical; Bateria; Construção de Bonecos; Construção, Movimento e Forma / Iniciação à Cerâmica; Teoria Musical / Violão e Cavaquinho; Teclado; Percussão; Musik Fabrik; Teatro e Dramaturgia; Teatro; Roteiro Cinematográfico; Expressão Corporal / Modelo Monequim; Corpo e Arte e Hatha Yoga; Coro Altivoz; Coro do Meio-dia; Coro Art’canto; Coro Contraponto.

Por uma nova Lei de Fomento a Cultura!

Escrito por Fellipe Redó

Em fase de consulta pública até o próximo dia 6 de maio, a proposta para uma Nova de Lei de Fomento a Cultura encaminhada pelo Ministério da Cultura traz para o debate atual, a diversidade de interesses entre os diversos agentes culturais, e segmentos da sociedade que tem se manifestado tanto para manter algum privilégio (de 2003 a 2007 só 3% dos proponentes captaram 50% do volume total captado), quanto para ampliação das ações de políticas públicas, como é o caso dos Pontos de Cultura.
O conjunto do movimento estudantil encaminhado pela União Nacional dos Estudantes, as organizações sociais e redes culturais, são mais uma vez chamadas a responsabilidade para manifestarem suas opiniões e propor novos marcos ao aprimoramento do financiamento e fomento à cultura Brasileira.
Não sem razão a proposta de fortalecimento ao Fundo Nacional de Cultura – FNC vai nesse sentido. “É um grande avanço, sobretudo para os Pontos de Cultura, pois muitos estão em comunidades sem recursos, como favelas, quilombolas e aldeias indígenas. A contrapartida deles será social, a partir do trabalho já desenvolvido por eles” explica Célio Turino.
Na prática o financiamento via renuncia fiscal, modelo atualmente utilizado pela lei Rouanet, não deixará de acontecer. Porém, não será mais a única forma de financiamento como é prevista hoje. Outros parâmetros estão sendo previstos como o financiamento retornável ao fundo (participação nos lucros); quando uma parte da grana que foi investida ao projeto volta ao cofre público pra ser novamente reinvestido, o Micro-crédito; uma possibilidade em aberto para um maior incentivo a ações de pequeno orçamento e de relevância para nossa base social, e aos pequenos e médios produtores culturais, e as Parcerias Publico Privada; a qual prevê o incentivo para construção de novos espaços e centros culturais*
* A antiga sede da UNE localizada na Praia do Flamengo -132, após ser incendiada em 1 de abril de 1964 durante ditadura militar e demolida na década de 80, é um exemplo próximo para lembrarmos da existência de bens simbólicos que permanecem no imaginário da população e que precisam ser preservados. Assista ao vídeo A casa do Poder Jovem: http://videolog.uol.com.br/video.php?id=358915
Uma das críticas que acompanhamos na grande mídia diz respeito a um certo “dirigismo cultural”, que estaria contido na Nova Lei. Ora, devemos partir do principio que se a verba é pública o estado tem de saber onde, porque e como ela esta sendo investida. Isso tem menos a ver com “dirigismo cultural” e sim com maior controle na gerencia dos recursos públicos aplicados. Parâmetros mais claros quanto aos aspectos técnicos e orçamentários do projeto e principalmente o seu retorno social são necessários. Boa parte das iniciativas culturais que foram incentivadas pela lei Rouanet, cito por exemplo o Cirque du Soleil, provem de investimentos altos aos cofres públicos porém sem contrapartida social e acessibilidade ao público restrita com ingressos que variavam entre 230 a 490 reais.
A estruturação dos conselhos setoriais municipais e estaduais como estão previstos, com participação da sociedade civil em 50%, e a prerrogativa para a estruturação dos Conselhos Municipais de Cultura, são a melhor forma para aumentar a representatividade a qual evita tanto a influencia estatal quanto a privada.
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Outro fator marcante para a urgente reformulação da lei de fomento diz respeito a desigual distribuição dos recursos aplicados em cada estado. Segundo fonte do próprio MINC em 2007 as regiões Sudeste/ Sul captaram 80% do investimento, ao passo que o Centro Oeste ficou com 11%, o Nordeste com 6% e o Norte com 3% apenas.
Não deixaram ainda assim que haver reclamações, fruto da pequeneza na visão política e cultural de nossa elite, quanto a interpretação desses dados. Não uso aqui o conceito elite no sentido de classe social mas no sentido entre relação de interesses, como estas opiniões colhidas na internet; “A reforma da Lei não pode punir os produtores e artistas que fazem teatro de qualidade só porque moram no Rio ou em São Paulo. O que governo quer? Tirar os 100% de abatimento da gente e transferir para o Piauí?” e “É natural que grandes centros produzam e consumam mais cultura. Na França, 70% dos recursos da cultura são gastos apenas em Paris”.
Poderíamos assim entender se a Nova Lei não devesse justamente servir para equacionar as disparidades sociais, econômicas e culturais refletida entre os estados, fruto de modelos centralizadores a qual foi montada a moderna indústria cultural brasileira. Essa visão ainda provinciana na distribuição dos recursos merece que mecanismos como os Fundo Setoriais; das Artes, da Cidadania, da Identidade e Diversidade Cultural, da Memória e Patrimônio Cultural Brasileiro, do Livro e Leitura, do Fundo Global de Equalização, do Fundo Setorial do Audiovisual funcionem de forma a fortalecer o potencial artístico e criativo de cada região.
A questão da juventude brasileira, e dentro de um espectro mais amplo o estudante, é o momento especial da vida onde os valores, crenças, hábitos e educação estão sendo “cultivados” – do termo colere; Cultura. Arriscaria dizer ser esta a parcela da sociedade onde mais se produz, e se tivessem maiores condições, mais consumiria cultura também.
O Vale Cultura proposto pelo MINC no valor de R$ 50,00 (o governo dará 30% de renuncia fiscal, o empregador 50% e o trabalhador 20%) deve assim também estar a disposição para os bolsistas pesquisadores, estagiários e jovens do primeiro emprego a fim de obter maior acesso aos bens culturais.
Sob opinião particular do autor, ao Ministério da Cultura abrir novas cotas para incentivo via renúncia fiscal (hoje só é permitido 30% ou 100%) devemos estabelecer também novos critérios, tal como acessibilidade social, para seleção e obtenção destas cotas. Assim, os projetos culturais que forem alcançar as faixas de dedução de 80%, 90% e 100% devem isentar o jovem, caracterizado hoje entre 15 e 29 anos segundo o Plano Nacional de Juventude, no valor de 25% do preço da entrada. Esta ação afirmativa proporia um vinculo sincero a juventude brasileira, no sentido de incentiva lo a frequentar novos espaços e programação cultural, e a almejar o seu ingresso na vivencia escolar para a obtenção da meia entrada e da carteira de identificação estudantil.

Fellipe Redó
Graduando em História - UFRJ
Diretor de Cultura da UEE/RJ
Coordenador do Ponto de Cultura CUCA da UNE/RJ
felliperedo@gmail.com

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Reforma da Rouanet

Por Luiz Sammartano


Américo Córdula lembrou que a nova lei setorializa o FNC por áreas artísticas, permitindo uma maior reserva de recursos e participação social por meio dos conselhos. Para os Pontos de Cultura, haverá o Fundo Setorial de Cidadania, Identidade e Diversidade Cultural. “Com isso vamos corrigir as distorções e fazer um repasse mais consistente e igual”, disse ele.

Célio Turino ressaltou a liberação de contrapartida no caso em que as entidades proponentes comprovem não ter condições financeiras, prevista em cláusula da nova lei. “É um grande avanço, sobretudo para os Pontos de Cultura, pois muitos estão em comunidades sem recursos, como favelas, quilombolas e aldeias indígenas. A contrapartida deles será social, a partir do trabalho já desenvolvido por eles”.


Fundo a fundo


O secretário de Programas e Projetos Culturais acredita que o repasse fundo a fundo, previsto na nova lei, também é um passo para a democratização dos recursos do MinC. “Poderemos agir como o SUS (Sistema Único de Saúde) ou a Loas (Lei Orgânica de Assistência Social), ao transferir recursos diretamente para estados e municípios, que por sua vez, repassarão a verba para os cidadãos”, explicou. No entanto, o ministro Juca Ferreira lembrou que, para que isso se torne viável, é fundamental que os municípios tenham seus departamentos e conselhos de cultura, mecanismos, segundo ele, que garantem o desenvolvimento da cultura local.

No caso de comunidades que sofreram as conseqüências de desastres naturais, como desabamentos e alagamentos, a exemplo dos Pontos de Cultura em Santa Catarina, estado fortemente atingido pela chuva no final de 2008, Célio Turino acredita que a suplementação de recursos deveria ser maior. “O Governo Federal tem a obrigação de ajudar regiões em estado de emergência, pois a produção cultural de grupos locais não pode parar”, afirmou Juca Ferreira.


Renúncia fiscal


O ministro voltou a afirmar que a renúncia fiscal não será extinta com a nova lei, mas vai obedecer a critérios bem definidos e em consenso com a classe artística. “Do jeito que está, apenas 20% dos projetos aprovados pelo MinC são ‘pinçados’ pelos empresários, que estão sempre à procura de visibilidade para suas marcas, e somente 3% dos proponentes captam mais de 50% dos recursos. Isso não pode mais acontecer, a reforma deixa claro que se trata de dinheiro público e a obrigação do ministério é alargar e democratizar o acesso”.


Se você tem sugestões de alteração à proposta de lei que cria o Profic, em substituição à Lei Rouanet, acesse o texto, na íntegra, na página da Casa Civil. A consulta pública ficará aberta até 6 de maio e depois seguirá para o Congresso Nacional. O Ministério da Cultura criou o Blog da Lei Rouanet para a discussão da nova proposta. Se quiser, deixe seu comentário.


Também é possível enviar sugestões para o endereço eletrônico profic@planalto.gov.br ou, por correio, para a Presidência da República – Palácio do Planalto, 4º andar, sala 3, Brasília-DF, CEP 70.150-900.



fonte - site MINC

Fórum Nacional dos Secretários Municipais de Cultura das Capitais

Jandira foi eleita por unanimidade durante Assembléia-Geral da entidade que ocorreu esta semana em Brasília. Ela, que substitui o secretário da Cultura de Cuiabá, Mario Olimpio, disse que este é um ano importante em função de importantes matérias que tramitam no Congresso de interesse do setor.

Para ela, que pretende fortalecer e ampliar o Fórum Nacional, o grande desafio dos dirigentes municipais é “fazer com que a cultura vire de fato política de Estado e seja prioridade na ampliação de cidadania, intervenção urbana, convivência e universalização de acesso aos bens culturais e valores culturais do pais, fortalecendo a diversidade e pluralidade que o Brasil possui.”

O trabalho que pretende realizar no Fórum Nacional, entidade que já que existe há mais de 15 anos, é manter regularidade na discussão com vários secretários das capitais e ampliar o debate para os secretários das regiões metropolitanas, para a elaborações de políticas culturais para o País. Ela quer ainda fortalecer a interlocução deles com a sociedade, as instituições e com o Ministério das Cultura.

Para ela, a grande responsabilidade da Presidente da entidade é acompanhar as muitas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) e projetos de lei que envolvem a Cultura e estão em tramitação no Congresso.

Entidade prestigiada

A Assembléia-Geral que elegeu a nova diretoria da entidade discutiu a reforma da Lei Rouanet, além de estratégias de envolvimento do Congresso nas demandas da Cultura e a institucionalização do próprio Fórum.

A presença do ministro da Cultura, Juca Ferreira, no evento, demonstrou o prestígio da entidade e o compromisso do governo com as demandas das capitais e dos secretários das principais cidades brasileiras demonstra, comemorou o ex-presidente Mário Olímpio.

Ele destacou como êxitos do evento a conquista do assento no Conselho Nacional de Política Cultural por meio da Frente Nacional dos Prefeitos e representatividade no Grupo de Discussão do Sistema Nacional de Cultura, instâncias fundamentais para o desenvolvimento das políticas públicas de cultura.

Para Mario Olimpio, essa integração com outras entidades fortalece o fórum quanto à materialização das ações. “Nesta Assembléia, tivemos também a participação do presidente do Fórum dos Secretários Estaduais de Cultura, secretário de Cultura do Acre, Daniel Sant’Ana. Isto representa possibilidades reais de integração do município com o estado e a União em favor da descentralização.”

De Brasília
Márcia Xavier

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Domingo é Dia de Teatro a R$ 1



A Prefeitura do Rio, por intermédio da Secretaria Municipal de Cultura, apresenta no dia 12 de abril mais uma edição do Domingo é Dia de Teatro a R$ 1. O projeto, de sucesso no calendário do Rio, apresenta seis peças e musicais nos teatros da cidade, inclusive Tom e Vinicius – o Musical, às 18h, no Teatro Municipal Carlos Gomes.


O espetáculo conta a história de amizade entre os compositores Tom Jobim e Vinícius de Moraes, durante a década de 50 e 60. No repertório, clássicos como “Desafinando”, “Samba de uma nota só”, “Ela é carioca”, Por causa de você”, “Garota de Ipanema”, entre outras. Texto de Daniela Pereira de Carvalho e Eucanaã Ferraz. Direção de Daniel Hertz, com Marcelo Serrado, Thelmo Fernandes, Guilhermina Guinle e grande elenco.

Outra boa opção é a peça O Estrangeiro, às 21h, no Centro de Referência Cultura Infância/Teatro do Jockey. O espetáculo é uma adaptação da obra de Albert Camus e retrata a vida de Meursault, um homem que leva uma vida banal até o dia que recebe a notícia da morte da mãe. O personagem comete um crime, é preso e julgado. Direção de Vera Holtz, com Guilherme Leme.

PROGRAMAÇÃO

TEATRO MUNICIPAL CARLOS GOMES
Praça Tiradentes s/n - Centro - telefone: 2232-8701 / 2224-3602

TOM E VINICIUS – O MUSICAL, às 18h. Texto de Daniela Pereira de Carvalho e Eucanaã Ferraz. Direção de Daniel Hertz, com Marcelo Serrado, Thelmo Fernandes, Guilhermina Guinle e elenco. Ingressos: R$ 1. Classificação: 10 anos

CENTRO DE REFERÊNCIA CULTURA INFÂNCIA / TEATRO DO JOCKEY
Av. Bartolomeu Mitre, 1110 – Leblon – Tel: 2540-9853.

O ESTRANGEIRO, às 21h.
Direção: Vera Holtz, com Guilherme Leme. Classificação: 16 anos.

A LENDA DO PRÍNCIPE QUE TINHA ROSTO, às 16h30. Com a Cia Artesanal.

TEATRO MUNICIPAL MARIA CLARA MACHADO
Rua Padre Leonel Franca, 240 – Gávea – Tel: 2274-7722

CORAÇÃO MAMULENGO (infantil), às 17h Montagem inspirada no Teatro de Mamulengo. Os personagens contracenam com típicos bonecos nordestinos apresentando o texto "Torturas de um Coração", de Ariano Suassuna. Com Cia Estável de Humor.
Direção: Carmen Leonora. Classificação Livre.

NEM ME FALE, às 20h A Comédia traz à cena um painel de personagens de Copacabana de diversas gerações e classes sociais e explora, com muito humor, a dificuldade de comunicação que as pessoas têm hoje em dia.

São cenas curtas que se desenrolam a partir de situações hilárias criadas pela confusão de informações, falhas de raciocínio e incapacidade de atenção. Com Cia Estável de Humor.
Direção: Mário Mendes e Carmen Leonora. Classificação: 10 anos.

TEATRO MUNICIPAL CAFÉ CABARÉ
Av. Ataúfo de Paiva, 269 – Leblon – Tel: 2294-4480.

A ARTE DE TER RAZÃO, às 20h Texto de Manoel Prazeres inspirado na obra de Arthur Schopenhauer, onde o prazer da disputa toma a frente da razão, expondo o instável equilíbrio das relações cotidianas. Com Helena Varvaki, Isaac Bernat e Flavio Souza. Direção: Vítor Lemos. Classificação: 18 anos.

Fonte:http://www.rio.rj.gov.br/

terça-feira, 31 de março de 2009

GERAÇÃO DELÍRIO SUPERSÔNICA DIA 27 DE MARÇO DE 2009-LAPA- RJ!!!

COLETIVO DE CULTURA DA UJS "Bota a Cara" para comemorar o dia Nacional do Circo




No dia 27 de março, a sede da União da Juventude Socialista quase caiu. Nela, pulavam freneticamente os jovens supersônicos da cena de música alternativa do Rio de Janeiro ao som das bandas “ Na Sala do Sino” e “Sophia Pop”. O evento, intitulado de forma irreverente “A Sede Vai Cair”, foi idealizado pelo coletivo de cultura “Bota a Cara' da UJS juntamente com os “Los Tchatchos Trupe” teve como objetivo a comemoração do dia nacional do circo.





Música, circo, teatro, poesia.Sede lotada. A arte de jovens inconformados e ávidos por liberdade de expressão ressoava por todo o ambiente. Na fachada da sede dois faixas anunciavam: “Geração Delírio” e “Só Curto Poemas Curtos” ( esta última em homenagem ao poeta da baixada Giovane Bafo). Na parte interna do espaço muito grafite nas paredes,projeção de imagem de malabarista e fanzines pendurados em barbantes. Vale ressaltar as belissimas intervenções poéticas de Emerson e PV do coletivo de cultura, organizadores do evento.






O público? Este estava em alvoroço. Queriam som, queriam recitar versos, queriam liberdade. Anaquistas, socialistas,punk's, alternativos no mesmo local: “a igualdade na diferença”. Pessoas próximas a UJS, pessoas que não conhecem a UJS, pessoas contrárias a política da UJS,mais próximas da prática, militantes da UJS convivendo e pulando no mesmo espaço. Este, com certeza, foi um evento amplo de massas. O Coletivo de Cultura acredita que fazendo isto estará contribuindo para uma adesão mais leve de outras parcelas da nossa sociedade ao nosso projeto de País.

domingo, 22 de março de 2009

Nova Lei de Fomento

Consulta Pública sobre a proposta de Projeto de Lei começa na segunda-feira, 23 de março. No mesmo dia, pela manhã, será realizada uma entrevista coletiva com a presença do ministro Juca Ferreira.

Depois de seis anos de análise e amadurecimento do debate, do seminário Cultura para Todos – que percorreu o Brasil em 2003 –, dos Diálogos Culturais no final do ano passado, o Ministério da Cultura divulga nesta segunda-feira, 23 de março, a proposta da nova Lei de Fomento e Incentivo à Cultura, que substituirá a Lei nº 8.313/91.

O projeto ficará em consulta pública por 45 dias na página eletrônica da Casa Civil da Presidência da República, com um link para o Blog da Reforma da Lei Rouanet (www.cultura.gov.br/reformadaleirouanet).

No mesmo dia, às 10h, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, concederá uma entrevista coletiva à imprensa sobre o assunto, na Sede do MinC, em Brasília (Esplanada dos Ministérios, Bloco B, Térreo). Ele explicará a proposta do MinC para fortalecer o Fundo Nacional de Cultura (FNC), criar novas modalidades de fomento à cultura e alterações no modelo de renúncia atual.

O ministro Juca Ferreira também vai relatar os passos que já estão sendo dados para modernizar o fomento à cultura, com a criação de um sistema eletrônico de cadastros de projetos e a definição de critérios de avaliação pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC), formada, de forma paritária, entre governo e entidades representativas do setor artístico e empresarial.

Informações: (61) 3316-2200/2203/2205/2240.

Fonte: MINC

Equipe comemora encerramento de filme sobre Lula

Portal Terra


RIO - A trupe do filme Lula, o filho do Brasil, de Fábio Barreto, comemorou o encerramento das filmagens no Vera Cruz Bar, na cidade de São Bernardo do Campo, nesta quinta-feira. Além de grande parte dos produtores e equipe técnica, também estavam presentes Glória e Cleo Pires e o ator Rui Ricardo Dias, que interpreta o presidente Lula nas telonas.

O roteiro do filme é inspirado no livro Lula, o filho do Brasil, escrito pela jornalista Denise Paraná, que entrevistou familiares próximos para poder adaptar a história do presidente da República.

O longa retrata desde a saída da família de Lula do Nordeste até sua chegada à presidência. Em entrevista ao Terra, o produtor Luiz Carlos Barreto afirmou que nenhum incentivo fiscal foi usado, para evitar que o filme se tornasse uma "piada pública".

- O filme não trata de período político, nem da fundação do PT. É sobre um menino pobre que um dia virou presidente, com todas as dificuldades que isso lhe causou. Um filme de superação - conta.

Em breve conversa, Rui Ricardo Dias contou também como foi escolhido para o papel:

- Eu tinha feito teste para viver um sindicalista, mas o Fábio viu e me chamou para fazer o Lula.

O convite foi comemorado por Dias, que além de ter sua primeira oportunidade de atuar no cinema, conseguiu uma chance de homenagear um ídolo:

- O Lula é uma figura incrível, que eu admirava antes de participar do filme. Eu fiquei muito emocionado com o convite. Me perguntei se eu tinha capacidade de interpretá-lo - lembra.

Lula, o filho do Brasil tem estréia prevista para toda a América Latina no início de 2010.




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terça-feira, 17 de março de 2009

A 18ª edição do Festival de Teatro de Curitiba sem a Petrobras

O 18º Festival de Curitiba começa nesta terça-feira e vai até o dia 29 deste mês, começa com 30 espetáculos, sendo apenas um estrangeiro.O evento que ano passado teve12 patrocinadores, este ano ficará com menos três, dentre eles a Petrobras.A crise econômica já começou a abalar a cultura e a arte brasleira.

Ano passado, o festival tinha um orçamento de R$ 2,8 milhões; já o deste ano caiu para R$ 2,4 milhões.Segundo o diretor do festival, Leandro Knopfholz, em entrvista ao jornal O Globo "a crise é circunstancial".

No festival, há peças que já passaram ou estão sendo exebidas pelos palcos cariocas, como "A Cabra ou Quem é Sylvia?" com José Wilker, "Inveja dos Anjos" do Armazén, premiada com dois Shell, "Autopeças" da Cia dos Atores," O Estrangeiro" com Guilherme Leme,"Medida por Medida" com Luís Salen e a "Mulher que Escreveu a Bíblia" com Inez Viana.

Entre as estréias nacionais estão os espetáculos: "Por Um Fio", montagem do diretor Moacir Chaves que mostra o que as pessoas sentem quando ficam sabendo que vão morrer em breve; "Doido" monólogo com texto, direção e atuação de Elas Andreato. O ator interpreta vários personagems o teatro, detendo-se mais no texto do que nos movimentos corporais.O único espetáculo estrangeiro é o chileno "Sin Sangre".

Para saber mais sobre o festival acesse:
http://www.festivaldecuritiba.com.br/

Confira a progrmação:

Mostra Brando expõe 21 dos 40 títulos em que o ator americano atuou





JB Online


RIO - A projeção do faroeste A face oculta (1961), nesta terça-feira, às 13h, na Caixa Cultural (Av. Almirante Barroso 25, Centro), dá largada à mostra Brando – O ator no cinema, que reúne 21 dos 40 títulos em que o ator americano Marlon Brando (1924-2004) atuou ao longo de 54 anos de carreira. Curiosamente, a maratona tem início com o único longa-metragem dirigido pelo controverso astro, que derrubou os tradicionais métodos de interpretação cinematográfica, e cujo rosto se popularizou em filmes como Um bonde chamado desejo (1951) e, em outra fase de sua filmografia, O poderoso chefão (1972).

Outra atração do primeiro dia é Brando (2007), documentário de Mimi Freedman e Leslie Greif , que revira a conturbada trajetória do ator de ponta-cabeça. No filme, que ganha sessão às 19h, a dupla de diretores entrevista mais de 50 artistas, entre diretores (Martin Scorsese, Arthur Penn) e atores (Dennis Hopper, Jane Fonda), amigos íntimos (o ator Eli Wallach) e membros da família do astro, devolvendo um retrato meticuloso do polêmico protagonista de Sindicato de ladrões (1954). Brando é o 22º título da programação.


– Marlon Brando mudou a maneira de atuar ao despir-se da teatralidade associada ao círculo de estrelas de então. Ele despia seus personagens de toda sofisticação, fazendo deles tipos crus e vulneráveis, seres humanos reais – diz Greif ao Jornal do Brasil.

Símbolo sexual

As origens profissionais de Brando estão ligadas ao circuito teatro da Broadway. O ator começou a chamar a atenção quando atuou na montagem de Um bonde chamado desejo, de Tennessee Williams. Adepto do estilo realista do método Stanislavski de interpretação, o então desconhecido Brando causou alvoroço ao ignorar os procedimentos de representação vigentes na época, incorporando a vida do personagem de forma instintiva e visceral.

A versão cinematográfica da peça, dirigida por Elia Kazan, que no Brasil foi rebatizada de Uma rua chamada pecado, deu ao ator projeção mundial, além de transformá-lo instantaneamente em símbolo sexual. No filme, ele interpreta um desempregado que explora a fragilidade da esposa, vivida por Vivien Leigh. O personagem quase sempre é visto de camiseta, que lhe realçavam a figura altiva e os músculos trabalhados.

Fazem parte também da mostra O poderoso chefão (1972), de Francis Ford Coppola, que encerraria um fase de muitos baixos do ator, nos anos 60. Brando ganhou o seu segundo Oscar (o primeiro foi por Sindicato de ladrões, de 1953) pelo papel do mafioso Don Corleone, mas mandou uma índia recebê-lo na cerimônia do prêmio da Academia, acrescentando mais uma excentricidade à trajetória do astro. A maior parte da mostra em cartaz na Caixa Cultural será exibida em DVD.

– Mas temos pelo menos três filmes em película. O último tango em Paris (1974), de Bernardo Bertolucci, e Queimada (1969), de Gillo Pontercovo, nós conseguimos no Brasil. São cópias que estavam no Museu de Arte Moderna, que conseguimos comprar os direitos de exibição. O mais difícil de conseguir foi Um bonde chamado desejo. Tentamos, inicialmente, nos Estados Unidos, mas foram muitas as dificuldades. Mas, aos 45 minutos do segundo tempo, conseguimos uma cópia na Espanha – avisa a atriz Bianca Comparato, curadora da retrospectiva.

Bianca só lamenta não ter conseguido, por razões orçamentárias, incluir dois títulos na mostra, A casa do luar de agosto (1956), de Daniel Mann, e A caçada humana (1966), de Arthur Penn:

– No primeiro, o personagem de Brando era pequeno. Mas, no Brasil, a peça contou com Ítalo Rossi, e que ganhou grande notoriedade. Já no segundo, Brando está muito bem, mas acabei optando por um outro em que ele trabalhou com o mesmo diretor, Duelo de gigantes.

quinta-feira, 12 de março de 2009

DIA NACIONAL DA POESIA, CASTRO ALVES JÁ SABIA QUE O DIA DO SEU NASCIMENTO, SERIA.




No Dia Nacional da Poesia, Poetas reUNEm-se em Realidade E Fantasia,

HOMENAGEIA-SE CASTRO ALVES DIA 14 DE MARÇO PELA DATA DO SEU NASCIMENTO.

Os Poetas, Artistas do Cuca/Rio, membros do Poetas del Mundo, estarão presentes nesse dia 14 de março - Sábado - as 19 hs. para uma leitura em Uníssono Global, da filmagem - CUCA/Rio e do Poema de Castro Alves Navio Negreiro.

O CIRCUITO UNIVERSITÁRIO DE CULTURA E ARTE - CUCA/RIO
CONVIDA A TODOS A PARTICIPAR,
DO MOMENTO POÉTICO AS 19 HS NA SEDA DA UNE - PRAIA DO FLAMENGO, 132 - FLAMENGO - RJ -BRASIL


--
Saudade do elo perdido

Saudade
é o tempo
do meu ser.
Só sei que
está no passado.
Só sei.

João Carlos Luz

14 de Março dia Nacional da Poesia
http://www.youtube.com/watch?v=OzLvEiXL9us

domingo, 1 de março de 2009

4+4+4 a soma do Rio




É neste asfalto que piso
É Rio
É na favela que é prosa
Cidade maravilhosa!

De Estácio de Sá, nos tempos de lá
Até a Men de Sá, nos tempos de cá
Muitas datas para contar.

É tanto bloco,
É tanta escola
Tem som do monobloco
Tem dança de gente que rebola.

É rio antigo
No rio novo
É a Lapa
da Rio Branco de rio tingido

É trabalho
É cultura
Da Praça XV
a Cascadura

Zona Oeste
Zona Norte
Suburbano
Convito
Churrasquinho
ônibus lotado muitíssimo

Zona Sul
pai rico
coberta de orla azul
quer deter prioridade
que idéia de girico!

Comunidades em volta
são como feudos na roda que volta
reflete nordestinos e remanescentes dos quilombolas.

Natural
Ruas sujas
Beleza
gente na rua.

Já foi capital
Já foi Pereira Passos
Já foi rural
Já foi Capitania de Portugal
São nossos laços

Petrópolis
Nilópolis
Caxias
Região dos Lagos
Como é bonito e tão complexo
É pólis

Tom Jobim
Funk
Partimpim
Há quem odei e ame

Camelôs
Empresários
Ardor
Salário

Rio em janeiro
Rio de já
Rio do meu Rio
Rio,e que siga o rio!

É tão diverso
É eticetera e tal
É tão esbelto
Cristo redentor
Bondinho
Trem
Igualmente desigual

Sofro com um Rio partido
Sonho com um Rio unido

Era o bloco pela Meia-Passagem!




" É meia,meia,meia/ meia-mole, meia dura/ com meia-passagem ninguém me segura"

Era um sábado, dia 28 de fevereiro, em plena ressaca de carnaval.O lugar: Praia do Flamengo 132. Estudantes,artistas reunidos no terreirão da UNE.O nome do bloco: "Se Não Me Der Eu Tomo". Senhores da banda Universal com seus tambores e metais cantavam marchinhas e sambas inesquecíveis.Foram para a rua. Todos em frente a sede histórica. Moradores olhavam e dançavam;passantes olhavam e dançavam.Os estudantes cantavam,mexiam seus corpos, e exebiam o ônibus da meia passagem, adereço construído pelos artistas do Centro Universitário de Cultura e Arte.Sim era mais uma manifestação estudantil;Sim era a UEE e a UNE;Sim era o CUCA filho do antigo CPC.A bandeira era "Meia-Passagem já!".

A idéia floresceu no dia 14 de fevereiro quando foi lançado o "bloco da meia-passagem".O mesmo já percorreu dois universidades: a Castelo Branco e a UERJ.A banda Universal, juntamente com a UEE-RJ e o CUCA-RJ, chamavam os estudantes das universidades para assinar o abaixo-assinado da meia-passagem.Os atores circenses foram param ruas com cartazes e muita irreverência para mostrarem para as pessoas (sociedade) que circundavam o local do ato para mobilização. Carnaval, arte e reivindicação.

E o grito era claro: " O prefeito prometeu, o estudante vai cobrar: meia-passagem já!".Estudantes pintavam a cara de verde e amarelo: "Os caras pintadas".Estudante brasileiro é alegre, é festivo, é carnavalesco.Mesmo com todas as mazelas, dificuldades materias...O povo samba.Exigir um direito com carnaval.Deixa a fantasia! deixe que eles se encham de fantasias! É arte! é a mentira que pode revelar uma verdade.É teatro, é festa da carne. Quem falou que o povo brasileiro não tem "classe"? Quem falou que a universidade não tem classe? e os universitários? será que todos tem grana para passagem? quantas xerox são obrigados a pagar? Direito para quem não tem direito. Direito senhor prefeito.

As entidades estudantis e o movimento cultural com isso querem dizer que mobilização se faz também com irreverência. O movimento estudantil é outro. A história é outra.Século XXI.Por isso,os métodos mudam,os estudantes mudam, os movimentos sociais mudam.Como atingir os estudantes hoje? como politizar os despolitizads? é nessas tentativas que a gente vai experimentando a melhor forma de dialogar com aqueles que ficam pensando o seu futuro em frente ao quadro do professor e com aqueles que olham para o concreto do templo do conhecimento como a salvação.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Veja o primeiro minuto do filme 'Lula, o Filho do Brasil'

A produtora LC Barreto divulgou a primeira cena de Lula, o Filho do Brasil — um dos filmes mais aguardados do país. Previsto para estrear em janeiro de 2010 nos cinemas de todo país, o longa conta a história do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ainda está na fase das filmagens.


O primeiro trecho do filme, exibido no site da revista Época, mostra o instante em que o pai de Lula, seu Aristides, deixa a mulher e os filhos para trás e vai à procura de emprego em São Paulo. Na capital paulista, porém, Aristides arrumou outra mulher e formou outra família. A mãe de Lula, dona Lindu, é vivida pela atriz Glória Pires.


O filme é baseado na única biografia oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O livro, homônimo ao filme, foi escrito pela jornalista e historiadora Denise Paraná nos anos 90.


Lula, o Filho do Brasil mostrará a infância miserável de Lula no agreste de Pernambuco, a viagem de 13 dias de sua família para São Paulo num caminhão pau-de-arara, a juventude em Santos e na periferia de São Paulo, as dificuldades enfrentadas como metalúrgico e o início de sua carreira sindical, em 1980.


Com um orçamento recorde para produções nacionais, R$ 16 milhões, o longa-metragem está sendo 100% financiado por empresas privadas e sem leis de incentivo — o que é muito raro no Brasil.


Da Redação, com informações da Época

Veja a primeira cena do filme em http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=51471

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Carnaval: ode à arte e à fantasia!

"Quero é botar meu bloco na rua/ brincar/botar pra gemer"



Lá se foi o Carnaval. Momento em que o barulho pôde passar das 22:00h. Momento da permissão das incoerências, das loucuras, da liberdade de expressão. Momento de festa, de alegria,da exacerbação, do tambor. Parece que todos, com algumas grandes exceções, esquecem dos seus afazeres, dos seus temores e problemas...Ufa! Que bom! O Carnaval é o ópio do povo. Não falo sobre os que não gostam, estes estão em clima de normalidade – ficar assim é fácil, o difícil é se entregar a folia!. Falo por aqueles que se fantasiam, que saem em blocos enlouquecidos, que bebem,bebem...que dançam, dançam...Aqueles que sangram os pés pela sua escola, que aguentam o calor e o peso das alegorias, que querem fazer parte do enredo. Falo daqueles que estão mais vulneráveis. Falo dos irreverentes, dos sem pudor. Falo dos atores dessas estórias.



Em várias partes do nosso Brasil, as pessoas simbolizam o momento da carne, ou seja: o momento da dança, da música, da atuação, do suor, do movimento,da pouca roupa,da entrega, da vontade... para concretizar os desejos da alma, ou seja: o momento da imaginação, da paixão, da liberdade,da criatividade humana. Falo aqui, em especial, sobre o carnaval do Rio de Janeiro. Este município de belezas naturais, de belezas humanas, de prédios, de favelas... Falo de seus blocos, de seu sambódromo de agora vinte e cinco anos. Falo do teatro aberto ao povo. Veja os cenários, os figurinos, os atores, os diretores, os músicos, os malabaristas, os palhaços, os dançarinos!



Sim. O povo gosta de imaginar. O samba, o batuque afro...As máscaras... O povo sai de polvo, de rei, de pobre, de polícia, de personagens de desenho animado...homem sai de mulher e vice-versa. Ateu sai de padre e cristão sai de diabo. Olho para o lado e sempre tem alguém que não é este alguém: faz-se de outro.. Pessoas paqueram-se, pessoas comem-se com olhos de tubarão – como diz a música: “bota camisinha meu amor...”



Deste modo, observando bem o cotidiano especial, as ruas não são ruas: são palcos, onde blocos seguem em coro. O que cantam?como dançam os foliões? Como estão? Qual estória contam? Ou será história? Brigam,sorriem, embriagam-se, esquecem-se...? Quem é a platéia? Serão “ atores sem papel”? Boitatá, Bola preta, Escravos do Mauá, Carmelitas ... e tantos outros: são peças do nosso teatro popular. Como diz o grupo Tá Na Rua:“ Teatro sem literatura”.



E o sambódromo arquitetado pelo nosso querido Oscar Niemeyer? E a Getúlio Vargas até a Prefeitura sem movimento de carros? O que aconteceu? “ Mas éééé car/na/val...” os carros são alegóricos, simbolizam algo. O que simbolizam os carros que passam todos os dias pelo Centro do Rio? Será que sabemos? Quem os construiu? O lugar agora não é de agitação, e sim, da Concentração. Porém, será que não estão ansiosas as crianças, as mulheres,os jovens,as putas,os pobres, os desempregados,os empregados, os ricos, as estrelas pop, os velhos,... para entrar na Avenida do Samba? Ali teremos várias horas de arte, as pessoas de diferentes classes assistirão a diversos espetáculos. Repito: Quem disse que o povo não gosta de teatro? Novamente parafraseando o grupo Tá Na Rua “é teatro sem arquitetura”. O que é então a passarela do samba? Arquitetura? O que ela representa? Quem frequenta este teatro? Quanto custa? E os camarins? Só que é lindo o desfile! Vejo a arte. Quem fez as alegorias, os carros, quem ensaiou a bateria, pensou a harmonia, dirigiu a comissão de frente? E as coreografias? Os enredos serão reflexão festiva?



Vila Isabel encena o Teatro Municipal. A comissão- de-frente representa personagens da Comedia Dell'arte... Não será metalinguagem? O teatro falando do teatro. A arte falando da Arte. E que chegue a quarta-feira de cinzas, para representar a fragilidade da vida humana! O homem é mortal. Vira cinza. Assim como o carnaval. Como diz o nosso grande dramaturgo do teatro brasileiro,Domingos Oliveira: “ O teatro tem o tamanho da vida”. Pelo visto, o carnaval também.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Aos Carnavais dos Brasis

Nota do ministro da Cultura, Juca Ferreira, sobre o Carnaval

Celebremos essa atitude de mostrar força, beleza e arte. Celebremos essa usina de energia criativa que não se dobra aos sustos do cotidiano.

Celebremos os carnavais dos brasis. Todos! Porque não há um carnaval. As ditaduras estéticas e de mercado desejam modelos para forjar produtos. É a regra do jogo. É a cara do jugo. O carnaval dribla isso. Os carnavais - como desvio, transgressão e desafio - escapam dessa armadilha.

Há tantos carnavais quantos desejos de ser feliz, de se expressar e reger sua própria vida na vertigem da festa.

Celebremos a diversidade dos muitos carnavais. Não há um maior que outro. O melhor carnaval é aquele que cada um faz do seu jeito de dar sua resposta de luz, canto, dança e imagem. Cada região tem o seu meio, modo e cultura de mostrar brilho pessoal e manifesto coletivo.

Celebremos essa coragem brasileira de reinventar a realidade em que as ruas se transformam em passeatas de prazer nessa greve geral mais eufórica do mundo.

Juca Ferreira
Ministro da Cultura

Fonte: http://www.cultura.gov.br/site/2009/02/20/aos-carnavais-dos-brasis/

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Edital CINE + CULTURA e a Democratização do acesso ao Cinema



Com o objetivo de democratizar e regionalizar a difusão do audiovisual, o Ministério da Cultura lança nesta quarta-feira, 11 de fevereiro, durante Encontro Nacional de Prefeitos e Prefeitas, o edital para seleção de 100 Cines + Cultura. Os selecionados receberão kits com equipamentos de projeção digital, incluindo uma câmera MiniDV, obras do acervo da Programadora Brasil e oficinas de exibição. A ação integra o Programa + Cultura - que faz parte da Agenda Social do Governo Federal - e atuará sobre o tripé tecnologia digital, conteúdo e capacitação cineclubista.

Em 2006, houve a primeira experiência de disponibilização de equipamento audiovisual de projeção digital através do Edital SAv/MinC Pontos de Difusão Digital.

Agora, através dos novos editais da ação Cine Mais Cultura, os contemplados receberão uma câmera para registro e auxílio na divulgação de suas sessões além do equipamento necessário para instalar salas de exibição digitais. São eles: uma tela para projeção de 210 polegadas (4m X 3m), um projetor de vídeo com potência de luz de 2.200 ANSI Lumens, um aparelho leitor de DVD, uma mesa de som de 4 canais, quatro caixas não amplificadas de potência de 250 watts, um amplificador com 1200Wrms de potência, dois microfones sem fio de alcance de 150 metros e uma câmera filmadora digital mini DV 3CCD e monitor LCD em cores de 2,7 polegadas wide.

No entanto, o grande diferencial da ação Cine Mais Cultura está em oferecer gratuitamente obras brasileiras do catálogo da Programadora Brasil e oficina de capacitação cineclubista.

As oficinas de capacitação cineclubista têm como objetivo qualificar de maneira prática os participantes para a realização de programação, divulgação e debates das sessões; apoiar a formação dos oficinandos com introduções à história do cinema e linguagem cinematográfica; e oferecer informações sobre questões relevantes e atuais relativas à atividade exibidora como direitos autorais e sustentabilidade. Outra meta é estimular os responsáveis pelos Cines ao diálogo com a comunidade local para a participação efetiva nas atividades. Esse trabalho será desenvolvido com apoio de um manual de capacitação produzido para ação, por meio de parceria com o Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros (CNC).

Após receber os equipamentos e a capacitação, os Cines receberão filmes e vídeos do catálogo da Programadora Brasil, programa realizado pela Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura. Pela iniciativa, filmes e vídeos nacionais são encartados em DVD e licenciados para exibição pública, por meio de permissão de uso. A Programadora reúne hoje um acervo de 330 obras nacionais, organizados em 103 programas (DVDs). São filmes históricos e contemporâneos, curtas, médias e longas-metragens, de todos os gêneros. Ao longo de dois anos, cada Cine poderá solicitar até 12 programas por trimestre de trabalho e fazer uma nova solicitação após a entrega de relatórios das atividades. Os Cines terão que exibir por ano 60% de conteúdo nacional, podendo ser ou não da Programadora Brasil, com total liberdade de escolha dos títulos das suas sessões.

Por fim, os Cines ainda têm suas atividades diretamente acompanhadas por Monitores pelo período de 3 meses para esclarecimentos e orientações para um melhor início de suas sessões.

O edital Cine Mais Cultura está no ar. www.cinemaiscultura.org.br e http://mais.cultura.gov.br são os locais de acesso, qualquer dúvida poderá ser tirada pelo endereço edital@cinemaiscultura.org.br e, para quem quiser publicar em outros sites, pode utilizar o mesmo e-mail e solicitar