Os sonhos, de que são feitos? Idéias, desejos, medos? Talvez de um elemento distinto, um tipo de molécula completamente diversa? Ninguém sabe ao certo, por enquanto. Desconfio, todavia, que os sonhos sejam feitos da mesma matéria mental que produz arte, revoluções, amor. Nesta Bienal de Arte, Ciência e Cultura, realizada na Lapa, entre os dias 20 e 23 de novembro, tentou-se, mais uma vez, encontrar a origem dos sonhos. Em vão, naturalmente. Na falta dessa resposta, outros assuntos foram discutidos: financiamento para pesquisa, arte em novas tecnologias, literatura, artes plásticas. Houve batalha de mcs, bandas de música, Djs, VJs, festas, apresentação de grupos populares, teatro, oficinas de arte, enfim, toda a sequência costumeira de atividades que os homens se engajam para não pensar nas questões primordiais da existência. A frustração, no entanto, é minorada pela constatação de que, se esta primeira Bienal de Arte do Rio, organizada pela União Estadual dos Estudantes, não contribuiu para a filosofia universal, ela trouxe estudantes de várias partes do Estado, alojou-os em bons hotéis (não em alojamentos coletivos, como se costuma fazer com estudantes), alimentou-os adequadamente, proporcionou-lhes eventos de qualidade, durante o dia, e inesqueciveis momentos de confraternização à noite. Tudo isso na antológica Lapa. Esperamos que todos tenham gostado. Cordialmente, Miguel do Rosário, editor do blog da Bienal.bienalueerj.blogspot.com
São João em casa
Há 4 anos
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